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GOTAS DE REFLEXÃO - EVANGELHO DOMINICAL

Colaboração do Diácono José da Cruz

Índice desta página:
. Evangelho de 11/11/2007 - 32º Domingo Comum
. Evangelho de 04/11/2007 - Solenidade de Todos os Santos
. Evangelho de 28/10/2007 - 30º Domingo Comum

ATENÇÃO:

Se na sua paróquia não há distribuição de folhetos para que os fiéis acompanham as leituras e orações da missa, fale com o pároco e peça-lhe permissão para utilizar o folheto que está disponível para download no site da Diocese de São José dos Campos - SP, na página http://www.diocese-sjc.org.br/novalianca.asp

Acostume-se a ler a Bíblia! Pegue-a agora para ver os trechos citados.
Se você não sabe interpretar os livros, capítulos e versículos, acesse a página
"A BÍBLIA COMENTADA" no menu ao lado.

Aqui nesta página, você pode ver as Leituras do Domingo e o Salmo,
colocando o cursor sobre os textos em azul.
BOA LEITURA! FIQUE COM DEUS!


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11.11.2007
32º Domingo Comum

__ QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER __
__ Os que forem dignos serão iguais aos anjos! __

(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! Acreditar na vida futura não significa fugir da responsabilidade atual de transformar o presente. Nós, cristãos, somos testemunhas da ressurreição. Quando dizemos que o nosso Deus é dos vivos e não dos mortos, afirmamos que ele está em nosso presente e não apenas a nos aguardar para a eternidade. Ele é o Deus dos que hoje são verdadeiramente vivos, empenhados inteiramente em melhorar a situação da humanidade. E esta vida não termina, mas continua após a morte física, porque é a vida do próprio Deus. Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!

SALMO RESPONSORIAL Sl 17(16): - "Ao despertar, me saciará vossa presença, e verei a vossa face!"

SEGUNDA LEITURA (2Ts 2,16-3,5): - "Rezai também para que sejamos livres dos homens maus e perversos pois nem todos têm a fé!"

EVANGELHO (Lc 20,27-38): - "Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele!"


“RESSURREIÇÃO É VIDA NOVA!”

Há muitas pessoas que desdenham do “céu” por achar que ele não existe, e que portanto não há ressurreição dos mortos. Para estes, a vida se resume a esta existência terrena, “céu e inferno é por aqui mesmo!“- dizem de boca cheia.

Claro que esta concepção de um “Paraíso Terrestre” só considera a felicidade que o mundo nos oferece, porque se fundamenta no TER e no PODER. Para estes, felicidade é desfrutar da vida tudo o que ela pode oferecer, em todo e qualquer prazer, realizando qualquer desejo. Esse paraíso sonhado e inventado pelo homem, termina inesperadamente, em um leito de hospital, em um acidente, em um ato de violência e daí, toda esta bela fantasia acaba enterrada em uma cova ou colocada em um túmulo, pois até quem não crê, sabe que desta vida nada se leva. Portanto, viver em função desse falso paraíso, pode ter certeza de que não vale a pena! É preciso descobrir o verdadeiro sentido dessa vida.

Mas há pessoas mais ingênuas que crêem em uma ressurreição enquanto revivicação do cadáver, ou seja, ressuscitar é voltar a esta vida, sendo que era este o conceito rudimentar de ressurreição no antigo testamento. De modo prático podemos pensar no seguinte, a pessoa morreu vítima de um acidente de trânsito, ressuscita e volta novamente a esta vida, com todas as suas limitações e fragilidades, um dia morre vítima de uma grave enfermidade. De que adianta a ressurreição, se tudo volta à mesmice?

Os Saduceus eram uma classe elitizada, pertencente a uma corrente religiosa que não acreditava na ressurreição, e nessa conversa com Jesus inventam uma novelinha de linha bem humoresca, baseada na lei de Moisés, de certa mulher que pelo visto, devia ser “Fogo na roupa”, porque casou-se com sete irmãos, um após a morte do outro, e por fim, um belo dia a coitada também “bateu com a cacholeta”, também não era para menos...

A história irônica tem como objetivo desmoralizar a doutrina cristã sobre a ressurreição dos mortos, perguntando de maneira até irreverente, de quem a tal mulher seria esposa após a ressurreição, já que havia se dado em casamento a todos os sete, como se a gente levasse para a vida eterna todas as intrigas e demais complicações desta vida. Se fosse assim, a ressurreição seria um grande engano.

Mas Jesus rebate os gozadores com um argumento muito consistente: os que forem considerados dignos da Vida Eterna, não morrerão. Isso é, não deixarão de existir mas entrarão em uma Vida totalmente nova, passando a ser um homem renovado, um ser glorioso, sem limites e sem mais nenhuma necessidade terrena.

E qual a relação entre esta vida nova da pós-morte, e esta vida terrena? As relações nesta vida, inclusive a conjugal, nada mais são do que um exercício para este amor da plenitude, que só encontramos em Jesus Cristo após a ressurreição. Por isso, nesta vida terrena temos necessidade do próximo com quem nos relacionamos nesse constante aprendizado, que vai nos santificando em cada momento.

A expressão muito usada, na morte de um ente querido, de que um dia iremos reencontrá-lo, é legítima e verdadeira, porém, este encontro não será como imaginamos, marcado por lembranças, sentimentos, recordações, emoções: “Oi, como vai? Há quanto tempo a gente não se vê. E daí ? Como está a vida nova? Estou louco para rever todos os que partiram antes de mim... Vamos por a conversa em ordem”.

Seria muita ingenuidade ficarmos imaginando coisas assim, na ressurreição. De nada disso teremos mais necessidade, pois todos estaremos em Deus, mergulhados em sua santidade, plenitude e perfeição. Nada mais teremos a aprender. Poderá por acaso um acadêmico retorna a um curso de alfabetização?

O que importa é viver a vida com essa certeza de que a vivemos para Deus, aproveitando cada minuto para praticar o amor, a única virtude que levaremos para a Ressurreição. Quem viver assim, não morrerá jamais! Palavra de Jesus de Nazaré, ressuscitado pelo Pai, e que vai à nossa frente, mostrando-nos o caminho, dando-nos alegria e coragem e acima de tudo confirmando-nos que o nosso Deus é o Deus dos vivos e não dos mortos!

José da Cruz - Diácono permanente da
Paróquia Nossa Senhora Consolata- Votorantim
jotacruz3051@gmail.com

04.11.2007
Solenidade de Todos os Santos

__ OPÇÕES QUE CONDUZEM À SANTIDADE __

(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! A santidade cristã manifesta-se como uma participação na vida de Deus, que se realiza com os meios que a Igreja nos oferece, particularmente. E também, ela não é o fruto do esforço humano, que procura alcançar a Deus com suas forças, e até com heroísmo; ela é dom do amor de Deus e resposta do homem à iniciativa divina. Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!

SALMO RESPONSORIAL Sl 24(23): - "É assim a geração dos que procuram o Senhor!"

SEGUNDA LEITURA (1Jo 3,1-3): - "Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro."

EVANGELHO (Mt 5,1-12a): - "No princípio era a Palavra, e a Palavra se encarnou. E nós vimos sua glória, seu amor nos libertou!"


“VIVER HOJE O AMANHÔ

Ser santo não é uma decisão do homem mas uma resposta ao convite que Deus nos faz em Jesus Cristo: Sede perfeitos como o vosso Pai é perfeito!

Perfeição nesse sentido, nunca foi e nem será o forte do homem, feito de barro, vulnerável ao pecado, sujeito a tantas fraquezas, marcado por tantas limitações.

Se santidade fosse isso, Deus seria o maior dos injustos, pois é o mesmo que um homem perfeito sair em disparada e pedir para que um deficiente físico o acompanhe nessa corrida. Nunca teríamos a menor chance de ser santos. Há ainda outra corrente que acha que a santidade é apenas para alguns, que têm uma conduta exemplar, são pacientes, tolerantes, dóceis, calmos, prestativos, solidários, educados, nunca perdem a cabeça e o equilíbrio, nunca reclamam de nada e aceitam tudo, sendo bondosos o tempo todo. De pessoas assim, é melhor manter distância e ser cauteloso, porque me dizia um padre muito amigo, o santinho de hoje pode ser o diabinho de amanhã!

Ser calmo ou ter os nervos a flor da pele, ter equilíbrio emocional, demonstrar serenidade, ser amável e dócil, ser prestativo e educado, sem dúvida que são belas virtudes, mas não necessariamente um indicativo de santidade, pois conheço histórias de grandes santos que eram bem temperamentais.

Há ainda outro conceito perigoso de santidade, que é ter o poder de realizar coisas prodigiosas, os chamados milagres. Conheço pessoas descrentes de Deus e da igreja, e que contudo praticam essas virtudes. E já tive conhecimento de curas operadas por pessoas de outras correntes religiosas, até opostas ao cristianismo.

A idéia de que santidade é coisa restrita de alguns homens e mulheres especiais, parece-me um tanto quanto equivocada, pois o visionário do apocalipse afirma categoricamente na primeira leitura, que se trata de uma multidão, de onde se conclui facilmente, que santidade é uma proposta de vida que Deus faz a toda humanidade, onde Jesus Cristo é o modelo e a referência máxima, nele a gente se encontra como Filho de Deus, não mais desfigurado pela corrupção do pecado, mas liberto, vitorioso e perfeito como fomos criados e concebidos pelo Pai. Somente Nele, com ele e por ele seremos santos!

Mas encontrei nas leituras dessa “Festa de Todos os Santos”, uma definição ainda mais bonita e completa do que é a Santidade - “Viver hoje o amanhã”.

A coisa mais difícil hoje em dia é encontrar pessoas que tenham perspectiva de um futuro melhor, sem que seja uma utopia, ainda esta semana, a notícia de que a copa de 2014 será no Brasil, deu-nos a falsa impressão de que tudo será lindo e maravilhoso, e que por conta disso, alguns dos nossos angustiantes problemas serão resolvidos.

É preciso ter os pés no chão, pois uma coisa é enfrentar com coragem os desafios do presente e buscar soluções concretas, o outro é camuflar a situação, fazendo uma belíssima coreografia, sem mudar o cenário! É maquiar para parecer belo! Tenho medo de que a próxima copa não passe disso...

As bem aventuranças proclamadas solenemente por Jesus, no alto de um monte, são profundamente realistas: a Primeira e a Oitava, trazem o verbo no presente, “...porque deles é o Reino dos Céus”, ao passo que as demais, usam o verbo no futuro, “porque serão, verão, alcançarão...”.   Ser pobre em espírito é fazer de Deus a sua única riqueza, é possuir já nesta vida a plenitude da vida futura. É ser discípulo e estar em constante aprendizado a partir do evangelho, vivendo hoje tudo o que cremos e esperamos no amanhã. Esta postura diferente trará incompreensão e perseguição mas em compensação, a alegria será verdadeira, porque não se fundamenta naquilo que se vê, mas sim no que se espera.

Jesus Cristo trouxe o futuro até nós, sendo precisamente esta crença e esperança que nos faz ter uma identidade própria, fomos marcados para fazer a diferença neste mundo tão descrente, que não consegue vislumbrar a Vida Nova,, para a qual fomos destinados por Deus, desde o início da Criação.

José da Cruz - Diácono permanente da
Paróquia Nossa Senhora Consolata- Votorantim
jotacruz3051@gmail.com

28.10.2007
30º Domingo do Tempo Comum

__ Deus torna justo quem o busca com fé. __

(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! Todos nós somos pecadores e, por isso, solidários na falta de amor e conseqüente ruptura com o plano de Deus. Assim, ninguém pode se salvar por si mesmo. Por isso, devemos nos reconhecer fracos e abertos à ação de Deus em nossas vidas. Como cristãos, temos condições de sermos justificados em Jesus Cristo. Assim, nossa luta seguirá constante, abandonando e renunciando às forças contrárias até atingirmos o ideal, o Cristo Senhor. Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!

PRIMEIRA LEITURA (Ecl 35,15b-17.20-22a): - "A prece do humilde atravessa as nuvens!"

SALMO RESPONSORIAL Sl 34(33): - "O pobre clama a Deus e ele escuta; o Senhor liberta a vida dos seus servos!"

SEGUNDA LEITURA (2Tm 4,6-8.16=18): - "Agora está reservada para mim a coroa da justiça."

EVANGELHO (Lc 18,9-14): - "Meu Deus, piedade de mim, porque sou pecador!"


“A TURMA DO 'FUNDÃO' ”

Nas celebrações de todas as nossas comunidades cristãs, sempre encontramos a “Turma do Fundão”, geralmente jovens, que ficam com um pé para fora e outro para dentro da igreja.

As lideranças e alguns dirigentes não poupam críticas “Ficam conversando, mascando chicletes, não rezam, não cantam, não participam, e na hora da comunhão ainda têm coragem de vir receber a eucaristia, mas que absurdo!”.

Na minha comunidade havia um jovem que agia assim e era muito criticado, hoje ele é sacerdote e certamente permanecia lá atrás, para estar mais perto dos jovens. A gente nunca se pergunta por que essas pessoas ficam nos últimos lugares, muitas vezes é por falta de acolhimento, mas também pode ser porque não se sentem bem, perto de pessoas consideradas fervorosas e piedosas.  Parece ser este o caso do publicano, que tendo consciência de que era pecador, achava que sua presença no templo pudesse incomodar o piedoso fariseu.

A mentalidade existente é quase aquela do tempo de Jesus e das comunidades para as quais Lucas escreveu este evangelho: para ir á igreja, freqüentar a comunidade e poder rezar, a pessoa tem que ser justa, ter uma conduta exemplar e estar em dia com todas as suas obrigações com Deus e a Igreja.

Nesse caso, a oração se torna um ato de vanglória e de arrogância, e ao fazê-la a gente acaba se exibindo diante de Deus “Olha Senhor, como sou bom! Faço isso, faço aquilo, estou nessa pastoral, pertenço a esse movimento, confesso-me regularmente, nunca perco missa, oferto o meu dízimo, sou casado na igreja, meus filhos fizeram catequese, enfim, tenho certeza de que minhas ações são todas muito boas e até já ouvi pessoas na comunidade dizerem que sou um exemplo a ser seguido, e não é por me gabar Senhor, mas acho que sou mesmo. Não bebo, não fumo, não jogo e nunca freqüentei certos ambientes.”

Certamente muitos dirão que nunca rezaram desse jeito, mas que a gente pensa assim e muitas vezes se compara com os outros, que não são tão bons, ah isso acontece!  Aí é que está o grande problema do nosso amigo fariseu, ele tomou como referência não o amor e a misericórdia de Deus que nos salva, mas as suas obras, principalmente quando olhava os erros e pecados do publicano, que naquele momento chegara na igreja, mas receoso de ser advertido pelo fariseu, que era um exemplo de vida, ficou no último banco, para não se expor muito.

O evangelho não quer ensinar qual é o melhor lugar para se ficar na igreja na hora da celebração, claro que quanto mais perto possível do altar do sacrifício, melhor a participação, mas isso não significa que os que estão na frente sejam melhores do que os que ficam ao fundo. O que importa realmente é a nossa postura diante de Deus, pois aquele fariseu, ao sentir-se bom e justo, estava dizendo a si mesmo que não precisava de Deus, porque suas obras o faziam merecedor da salvação, principalmente ao comparar-se com o outro, que era um caso perdido.

Então porque devemos nos esforçar tanto em andar na lei de Deus, obedecer a sua palavra, se um pecador que fica lá no último banco, porque não tem moral para entrar na igreja, é elogiado por Jesus? Prestemos atenção na conclusão do evangelho, onde Jesus afirma que aquele publicano voltou para casa justificado, mas o primeiro não.  O que isso quer dizer?

Justificado significa exatamente estar em paz, por saber que a sua salvação depende da misericórdia de Deus e não de suas ações, ainda que se converta e se torne o mais santo dos homens. Até acho que Lucas lembrou-se do seu irmão evangelista Mateus, que era publicano e estava em sua banca de impostos quando Jesus o chamou.

É impossível não se converter e não mudar a nossa vida quando fazemos a experiência do amor de Deus, esse publicano com certeza voltou para casa disposto a mudar de vida

A salvação é um processo dinâmico que vai acontecendo em nossa vida, à medida que vamos compreendendo que somos incapazes de nos salvar e de sermos justos diante de Deus, pois o que nos salva realmente é a sua graça, o seu amor infinito que nos busca, a sua grandiosa misericordiosa que nos envolve por inteiro, quando nos reconhecemos pequenos e pecadores como aquele publicano, que ajoelhado lá atrás, nem ousava levantar os olhos e clamava “Senhor, tem misericórdia de mim, que sou um pecador!”. Deus não resiste a uma oração assim...

José da Cruz - Diácono permanente da
Paróquia Nossa Senhora Consolata- Votorantim
jotacruz3051@gmail.com



QUE DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Oh! meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!

Graças e louvores se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!

Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!    Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!  Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".

( Salmos )

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