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GOTAS DE REFLEXÃO - EVANGELHO DOMINICAL

Colaboração do Diácono José da Cruz

Índice desta página:
. Evangelho de 25/05/2008 - 8º Domingo do Tempo Comum
. Evangelho de 18/05/2008 - Festa da Santíssima Trindade
. Evangelho de 11/05/2008 - Solenidade de Pentecostes

ATENÇÃO:

Acostume-se a ler a Bíblia! Pegue-a agora para ver os trechos citados.
Se você não sabe interpretar os livros, capítulos e versículos, acesse a página
"A BÍBLIA COMENTADA" no menu ao lado.

Aqui nesta página, você pode ver as Leituras da Liturgia dos Domingos,
colocando o cursor sobre os textos em azul.
A Liturgia Diária está na página EVANGELHO DO DIA no menu ao lado.
BOA LEITURA! FIQUE COM DEUS!



25.05.2008
OITAVO DOMINGO DO TEMPO COMUM

__ “Ninguém pode servir a dois senhores!” __

(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! O ensinamento do Evangelho tem dois aspectos: por um lado, acentua a impossibilidade de se servir a dois senhores e, por outro, realça a atitude do cristão diante das preocupações e trabalhos da vida. Por um lado, o Reino de Deus não admite divisões; por outro, a opção pelo Reino exige uma suprema e desprendida liberdade interior diante de tudo o mais. É um convite a arrancar-nos do culto do dinheiro, que é uma idolatria, e a ter confiança em Deus, cuja ativa solicitude é expressa pelo Profeta Isaías na primeira leitura, com uma linguagem de ternura comovente e sem limites. Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!

SALMO RESPONSORIAL SL 61(62): - "Só em Deus a minha alma tem repouso, só ele é meu rochedo e salvação!"

SEGUNDA LEITURA (1Cor 4,1-5): - "Irmãos: Que todo o mundo nos considere como servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus!"

EVANGELHO (Mt 6,24-34): - "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo!"


O VÍDEO ABAIXO FOI GENTILMENTE CEDIDO PELA REDE CANÇÃO NOVA


CORAÇÃO DIVIDIDO

A desconfiança sempre foi e continuará sendo uma arma mortal para destruir qualquer relação, na vida conjugal e familiar, na vida em comunidade, na política, na economia, na vida profissional e no mundo dos negócios, quando uma das partes desconfia da outra, a relação fica abalada e chegará a uma ruptura inevitável, se a confiança não for recuperada. Desconfiar é achar que o “outro” não vai atender a nossa expectativa, é pensar que ele tenha uma segunda intenção, diferente do que foi acordado entre as partes.

A desconfiança gera ciúmes, intrigas, calúnias, fofocas e por fim as divisões, que por sua vez, arrastadas pelo radicalismo, gera mais ódio e rancor, endurecendo o coração e tornando-se insensível a qualquer apelo de mudança á uma conversão sincera.

No comércio ou na indústria, ou mesmo no campo comum das relações humanas, a palavra “concorrência” é sempre preocupante, e para entendermos a exortação inicial do evangelho desse oitavo Domingo do tempo Comum, podemos afirmar sem medo, que na conquista do coração do homem, o maior concorrente de Deus é sem dúvida alguma o dinheiro, não porque ele seja superior, mas pelo poder de sedução que ele tem, considerando-se a fragilidade humana! O dinheiro traz consigo a sede de poder, e o homem cai facilmente nessa arapuca armada pelo Diabo, palavra que vem do grego Diábolos, e que significa aquilo que separa.

Basta pensar nos crimes e monstruosidades que o homem é capaz de cometer, por causa do dinheiro, que simboliza todo poder, prazer, domínio, prestígio, fama, sucesso, e que dará ao homem terá tudo isso e um pouco mais, a ponto de se afirmar, de acordo com a mentalidade desse mundo: “Quem tem dinheiro tem tudo pois ele compra até a felicidade”. Por isso o poder de corrupção do dinheiro é muito forte e destroe o ideal de qualquer pessoa, quando se torna um ídolo, e ocupa o lugar que é de Deus: ao rico ou ao pobre, nobre ou plebeu, crente ou ateu, sábio ou ignorante, governante ou governado, réu ou magistrado, a história da humanidade infelizmente confirma essa triste verdade: da sedução do dinheiro, ninguém jamais com seguiu escapar ileso.

O poder de Deus e o poder do dinheiro são coisas antagônicas que jamais poderão ocupar espaço em um mesmo coração, cabe a cada homem decidir o que é que dá sentido verdadeiro á sua existência, Deus ou o dinheiro? Servir aos dois, conviver com os dois é impossível, afirma o evangelho, não podemos acender uma cela para Deus e outra para o Diabo, não podemos ter no coração, Cristo Jesus, o amado de nossa vida juntamente com o “amante” que é o Dinheiro e o Poder. Pois as ações determinadas por um e por outro, vão sempre em sentido contrário, enquanto que o dinheiro manda, dominar, escravizar, corromper, explorar, mentir, enganar, e até destruir e matar, o Reino de Deus trazido por Jesus de Nazaré, manda ajudar os necessitados, os pobres e indigentes, promover o direito e a justiça, preservar a vida e a dignidade do irmão, enfim...DAR, e não subtrair, pois o amado se entrega à aquele que ama, já o amante possui, escraviza e domina, aquele que ele diz amar...

É nesse contexto que o evangelista Mateus aprofunda a reflexão e convida os discípulos de Jesus, de ontem e de hoje, a responderem uma pergunta crucial: no que ou em quem, colocamos nossa confiança? Naquele que é imanente e transcendente ou naquilo que é transitório? O nosso coração pertence a Jesus, Filho de Deus feito homem, o amado de nossa vida, ou furtivamente nos entregamos também ao amante.

O evangelho conclui afirmando que a cada dia basta os seus problemas. Fazer planos para o futuro, ter uma meta a ser atingida é algo necessário para se vencer, mas ignorar o presente e ficar sofrendo por algo que ainda nem chegou, não é próprio de um cristão, pois devemos agir como se tudo dependesse de nós, mas confiar em Deus como se tudo dependesse da sua intervenção. Uma pergunta sem resposta, que gera angústia e sofrimento, e que ao mesmo tempo desconfia do grandioso amor de Deus: o que será de mim amanhã? O que vou comer e vestir?

A proposta do evangelho é de que confiemos na Providencia Divina, pois Deus é Pai e Mãe, que jamais nos esquece, e assim como a criança de colo, tem toda confiança na mãe que a carrega, sentindo-se confortável e tranqüila,sem necessidade de saber para onde está indo, assim também o discípulo autentico, amado e querido por Deus, vai tranqüilo em seu colo, amparado pelo seu grandioso amor que o conduz em segurança, para a plenitude do reino, que um dia há de vir, mesmo que os caminhos desta vida, na história da igreja pareçam tão tortuosos.

“Só em Deus a minha alma tem repouso, só ele é o meu rochedo e a minha salvação”

José da Cruz - Diácono permanente da
Paróquia Nossa Senhora Consolata- Votorantim
jotacruz3051@gmail.com


18.05.2008
SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

__ “A graça de Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo!” __

(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! Deus significa, em palavras humanas, a profundeza última da nossa vida, a fonte do nosso ser e a meta de todos os nossos esforços. Quando o nosso “eu” se abre para a realidade maior que é o “Criador”, vemos em nós a realidade profunda e grandiosa do Deus cristão, a Santíssima Trindade. Isto é, o mistério de um Deus que é comunidade e comunhão de vida. Um Deus que é Pai, Filho, Espírito Santo. O próprio Deus vem a nós como Senhor, cheio de bondade e misericórdia. Eis o Deus do amor e da paz que derrama sobre nós sua graça em Cristo e nos chama à comunhão com ele no Espírito Santo. Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!

SALMO RESPONSORIAL (Dn 3): - "A vós louvor, honra e glória eternamente!"

SEGUNDA LEITURA (2Cor 13, 11-13): - "Alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, cultivai a concórdia!"

EVANGELHO (Jo 3,16-18): - "Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito!"


O VÍDEO ABAIXO FOI GENTILMENTE CEDIDO PELA REDE CANÇÃO NOVA


A FAMÍLIA DA TRINDADE

Nem acreditei quando Dona Ida falou com minha mãe, pedindo para me deixar passar um domingo na chácara da família, pois o Valdir, meu colega de escola, tinha por mim um grande afeto e manifestou aos pais o desejo de que eu lhe fizesse companhia. Naquela noite nem consegui dormir direito de tanta ansiedade e bem cedinho, com orgulho e alegria, lá fui eu, dentro do carro, com toda a família rumo a chácara para passar um dia, que na minha infância modesta foi mesmo inesquecível.

A chácara era belíssima, havia um lago onde andamos de barco e depois fizemos uma pescaria, nos refrescamos na piscina aonde Dona Ida nos serviu um suco delicioso. Daí fomos jogar futebol em um campinho gramado onde as traves tinham até rede. Fiquei tonto com tanta diversão, andamos a cavalo, andamos muito de bicicleta, empinamos pipa e acho que em apenas um dia me diverti por um ano, pois em casa os brinquedos eram bem raros e só em uma ocasião ou outra, saía para algum passeio.

Na hora do almoço, que foi servido na varanda com uma mesa farta, por ser acanhado retirei-me para um canto, pois minha mãe dizia que eu não tinha modos e eu não queria fazer feio.   Mas foi quando Dona Ida chamou-me pelo nome “Venha filho, sente-se e coma à vontade com a gente!”

Desculpei-me dizendo que não estava com fome, mas a bondosa mulher falou carinhosamente “Olha, você é como um irmão para o Valdirzinho que fica muito feliz quando está com você por perto, então se sente aqui, pois vocês faz parte da nossa família, queremos muito bem seu pai e sua mãe e a todos vocês”.    E após essas palavras, o Sr. Valter veio até mim, pegou-me pela mão e conduziu-me até a mesa, “Ida prepare um prato bem delicioso, o menino está faminto”! Comi até ficar triste, depois fomos descansar na sombra de um pomar onde nos deliciamos com frutas adocicadas.

Á tardinha, quando eles me deixaram em frente a minha casa, nos deram uma sacola cheia de frutas e legumes.

Tive outros dias maravilhosos como aquele, a amizade com o Valdirzinho tornou-se sólida, mas confesso que áquele primeiro dia foi inesquecível, pois na minha cabeça de menino pobre, filho de pai operário, as palavras da Dona Ida “Sente-se e coma a vontade, você faz parte da família”, fez nascer no meu coração uma incontida alegria, mesclada com sentimento de afeto e gratidão. Não era mais um estranho, ficava bem a vontade, o que era do Valdirzinho também era meu, os brinquedos, a casa, o sítio, a piscina, o campo de futebol, os cavalos, o lago e o barco. Era uma gente abençoada, cuja riqueza maior era saber partilhar o que tinha. Eles ajudavam muitas pessoas com obras de caridade, mas eu me sentia especial, porque “fazia parte da família”, segundo a Dona Ida.

O homem desde os seus primórdios sonha e deseja a plenitude, a fartura, o viver bem e ser feliz, muito cedo o ser humano descobriu que essa vida plena de realizações só se encontra em Deus, é esse desejo que encontramos na humilde oração de Moisés, na primeira leitura: “Se tenho o vosso favor, Senhor, dignai-vos caminhar no meio de nós, pois somos um povo de cabeça dura, perdoa nossas iniqüidades e pecados e nos aceita como propriedade vossa”

Sendo eu um menino pobre, meu pai nunca teria recurso para que pudesse desfrutar de todo aquele conforto, que esta família me proporcionava com freqüência! Assim também, a humanidade, tão pequena, frágil e limitada em suas misérias, jamais teria acesso a graça e salvação do Deus Todo Poderoso e Altíssimo, indigno e sem condições de olhar, Moisés, que representa toda humanidade, se prostra diante dele.

Festa da Santíssima Trindade lembra-me um Deus de rosto bondoso como o de Dona Ida, me dizendo naquele domingo inesquecível “Vem sentar-se conosco á mesa, te amamos muito, você faz parte da nossa família!” Eu gozava de toda esta estima de Dona Ida e do Sr. Valter, que até me consideravam como filho, por causa do Valdirzinho, que se afeiçoara a mim, de modo especial.

Para a humanidade, este amigo e irmão que nos ama de maneira gratuita e incondicional, este elo de ligação que nos permite fazer parte da família divina, e desfrutar de toda graça dispensada, é Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador, e assim como a amizade com o meu amigo, me possibilitava ser praticamente um membro da família, desse mesmo modo a nossa fé em Jesus Cristo, todo amoroso e misericordioso nos comunica á salvação, porque nos insere na comunhão da Trindade que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo, fazendo com que a sua graça, lá no mais íntimo de nós, faça brotar no coração essa incontida alegria de ser amado e querido do Pai, que um dia nos acolherá para sempre, na plenitude dos tempos, em sua “casa”, não apenas por um dia, mas por toda eternidade, sendo isso que Deus deseja ardentemente para todo homem.

José da Cruz - Diácono permanente da
Paróquia Nossa Senhora Consolata- Votorantim
jotacruz3051@gmail.com


11.05.2008
SOLENIDADE DE PENTECOSTES

__ “Recebei o Espírito Santo!” __

(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)

Comentário: Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! Hoje ressoa na Igreja o anúncio pascal: Cristo ressuscitou; ele vive para além da morte; é o Senhor dos vivos e dos mortos. Na “noite mais clara que o dia” a Palavra de Deus, que criou os céus e a terra e formou o homem à sua imagem e semelhança, chama a uma vida imortal o homem novo, Jesus de Nazaré, filho de Deus. Hoje entendemos a expressão: “homem novo”. Eis o homem verdadeiro, assim como Deus o concebeu desde toda a eternidade,é o homem fiel à vocação de homem. Aqui está nossa missão: sermos testemunhas da ressurreição perante o mundo. Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!

SALMO RESPONSORIAL Sl 104(103): - "Enviai o vosso Espírito, Senhor,/ e da terra toda a face renovai!"

SEGUNDA LEITURA (1Cor 12, 3b-7.12-13): - "Ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo!"

EVANGELHO (Jo 20, 19-23): - "Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: A paz esteja convosco!"


O VÍDEO ABAIXO FOI GENTILMENTE CEDIDO PELA REDE CANÇÃO NOVA


A paz esteja com vocês

João, no seu evangelho, após a crucifixão de Jesus na véspera de um sábado, apresenta os grandes eventos do primeiro dia da semana que se segue. Pela manhã, Maria Madalena e Pedro, o discípulo que Jesus amava, com sentimentos de surpresa e fé, encontraram o túmulo vazio. Em seguida, Maria Madalena, que permanecia só e chorando, junto ao túmulo, encontra com o ressuscitado. Agora, à tarde desse mesmo dia, Jesus vem aos discípulos que estavam com as portas trancadas. Colocando-se no meio deles, por duas vezes, comunica-lhes a paz. De início, Jesus identifica-se, mostrando suas chagas: não é um fantasma, mas é o próprio Jesus que com eles convivera e foi crucificado. Foi grande a alegria dos discípulos.

Em continuidade, Jesus envia os discípulos. É o envio universal em missão. Os discípulos são enviados assim como Jesus o foi pelo Pai. A missão de Jesus foi comunicar o amor do Pai ao mundo. A seguir, soprando sobre os discípulos, Jesus lhes comunica o Espírito Santo, o qual, além de ser o portador da Paz, conduzirá os discípulos na missão de divulgar ao mundo o amor vivificante de Deus. Assim como Jesus não veio ao mundo para condená-lo, não cabe à comunidade a condenação. É à palavra anunciada que cabe o julgamento. Porém, à missão cabe o anúncio da prática da justiça, a qual tira o pecado do mundo e instaura o amor. Lucas, antes dessa narrativa discreta de João sobre o dom do Espírito Santo com um sopro de Jesus, tinha feito sua narrativa, em estilo apocalíptico, em Atos (primeira leitura). Lucas pretende associar o dom do Espírito à festa judaica de Pentecostes e apresentar Jerusalém como lugar de origem da Igreja nascente.

Na segunda leitura, Paulo destaca o Espírito como fonte de todos os carismas e elo de união entre todos os povos, realizando tudo em todos.




QUE DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Oh! meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!

Graças e louvores se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!

Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!    Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!  Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".

( Salmos )

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