GOTAS DE REFLEXÃO - EVANGELHO DOMINICAL
Colaboração
Especial do Diácono José da Cruz - Homilias Dominicais
Índice desta página:
. Evangelho de 15/03/2009 - 3º Domingo da Quaresma
. Evangelho de 08/03/2009 - 2º Domingo da Quaresma
. Evangelho de 01/03/2009 - 1º Domingo da Quaresma
ATENÇÃO:
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BOA LEITURA! FIQUE COM DEUS!
15.03.2009
3º Domingo da Quaresma - Ano B - São Marcos - Cor Roxa
__ “A nossa Igreja é a casa de Deus”
__
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
Os mandamentos do Senhor não devem ser vistos como um peso,
uma imposição ou uma carga a ser arrastada pela vida.
Eles são, ao contrário, a lei da liberdade, a lei
do amor. Somente obedecendo ao Senhor, nos colocando sob a sua orientação,
é que verdadeiramente seremos livres. Que a sabedoria da
cruz nos leve a compreender e viver melhor a vida de Deus em nós,
bem como a fazer do Templo do Senhor unicamente uma casa de oração.
Eis o lugar onde entramos para apresentar um culto agradável
a Deus e de onde saímos para servi-Lo na pessoa do irmão.
SALMO RESPONSORIAL Sl 19(18):
- "Senhor, tu tens palavras de vida eterna!"
SEGUNDA LEITURA (1Cor 1, 22-25):
- "Cristo é poder de Deus e sabedoria
de Deus."
EVANGELHO (Jo 2, 13-25):
- "Destruí este Templo, e em três
dias eu o levantarei!"
- "MERCANTILISMO RELIGIOSO"
Um dia quando líamos esse evangelho em uma
equipe, levantou-se a Dona Maria, que veio lá do norte, e
disse que Jesus a fez lembrar-se dos fiscais que davam o “rapa”
quando ela e o marido tentavam vender mercadorias em uma rua de
São Paulo, “eles chegavam arrebentando tudo, virando
a banca de pernas prá cima e a gente corria senão
o cassetete de borracha “comia solto”, nunca pensei
que Jesus Cristo também perdesse a paciência e ficasse
brabo desse jeito” – finalizou Dona Maria. Foi quando
uma catequista muito jovem, perguntou-nos se Jesus estava realmente
bravo, e com o que, qual a causa da sua indignação
? O grupo ficou dividido, uns acharam que ele já estava cansado
de ver aquela exploração no templo, e que nesse dia,
estando com o pavio curto e a paciência esgotada, não
se segurou e “soltou os cachorros” prá cima dos
exploradores gananciosos. Outro grupo achou que na verdade, o evangelista
quer colocar essa briga como o estopim que irá desencadear
todo o processo contra Jesus, já que era a semana da páscoa
judaica e os vendedores que foram expulsos, não iriam deixar
barato aquela atitude de Jesus, mesmo porque, eles vendiam com autorização
dos sumo sacerdotes, que tinham interesse nas vendas, uma vez que
a maioria eram latifundiários, portanto “fornecedores”
naturais de animais para serem sacrificados, podendo então
concluir que Jesus havia “cutucado a onça com a vara
curta, ou ainda, havia mexido com um vespeiro”
Como membro da comunidade e freqüentador do
templo, Jesus não concorda que haja uma segunda intenção
naqueles que trocam moedas e vendem animais para o sacrifício,
porque comunidade não é lugar de se fazer barganha,
de se buscar interesses particulares que não sejam os do
bem comum, não é lugar para se fazer negociatas e
trocas de favores, e vem daí a indignação de
Jesus para com as lideranças, que permitiam a exploração
porque a venda lhes trazia um lucro bem gordo. Muitas vezes tranqüilizamos
a nossa consciência, quando pensamos que trabalhamos realmente
com amor e que nada buscamos para nós, na pastoral ou movimento,
onde atuamos, entretanto, sempre há a tentação
de ganharmos algo, em troca do nosso trabalho, quem é que
não quer ser reconhecido, por aquilo que faz?
Ser sempre ouvido, consultado, ter a opinião
mais importante, ter uma palavra de peso maior, ter poder de influência
no conselho e nas demais equipes, exercer um poder paralelo ao da
instituição, medir forças com outra liderança,
com nossos pastores, ministros, cooperadores, ter prioridade em
ocupar salas ou outro espaço qualquer, fazer certas exigências
para desempenhar o trabalho. A grande verdade é que, embora
de uma maneira dissimulada, também temos nossas “barraquinhas”
particulares que faz da comunidade uma verdadeira feira livre ás
vezes.
A indignação de Jesus é porque
as relações no templo tornaram-se mercantilizadas,
e então o evangelho nos faz um forte apelo, chamando-nos
a uma conversão sincera, para que a convivência na
comunidade seja sempre marcada pelo amor gratuito, pela docilidade
e flexibilidade, não nos faltando misericórdia, compreensão
e paciência, e que possamos eliminar do nosso meio as divisões,
os ranços e azedumes, que magoa, fere e machuca os irmãos
e irmãs. Que não profanemos o templo sagrado que é
a vida dos irmãos, onde o Senhor está presente, senão,
de pouco adiantará respeitarmos o ambiente sagrado da igreja
templo.
No êxodo Deus caminhava no meio do povo,
habitando em tendas, depois, na monarquia, ele foi “enlatado”
no templo de Jerusalém, para dar sustentação
ao Rei, seu ungido que reinava em seu nome. Deus estava no templo,
para ser adorado, receber as ofertas e sacrifícios, mas agora,
ao se colocar como novo templo, Jesus Cristo está dando um
solene basta a antiga religião, Deus deixará o templo,
para habitar na “Eclésia”, na assembléia
da igreja, no meio do povo da nova aliança, aberto a todos
os homens que quiserem participar do novo reino. Deus faz morada
no mais íntimo do homem, dando um novo significado à
vida humana, que entra em comunhão com o Divino, tornando-se
sagrada e indestrutível. Aos homens que pensaram ter destruído
Jesus para sempre na cruz do calvário, Deus Pai o encheu
de glória com a ressurreição, os que hoje pensam
ser capazes de enterrar o cristianismo, ridicularizando os seus
ensinamentos, terão uma surpresa no final da história,
pois Jesus garante que esse Reino é eterno e atingirá
a sua plenitude, independente da vontade do homem.
José da Cruz é diácono
permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail: jotacruz3051@gmail.com
Veja esta Reflexão Dominical em vídeo http://diajcruz.zip.net/
08.03.2009
2º Domingo da Quaresma - Ano B - São Marcos - Cor Roxa
__ “Deus não poupou seu único Filho...”
__
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
Abraão, não se recusando em oferecer seu filho Isaac
em sacrifício, anuncia, muitos anos antes, o gesto que será
concretizado pelo Senhor Deus ao oferecer seu único Filho
Jesus. É a entrega sem reservas, é a confiança,
é o sublime amor, o qual supera qualquer apego, em vista
do bem da humanidade. Se Deus age assim conosco, nos resta abandonar
o pecado, o qual por vezes amamos tanto, e entregar nossa vida nas
mãos daquele que tudo fez e faz em nosso favor. Não
apresentemos a Deus apenas nossas queixas e dificuldades, mas na
generosidade, e sempre agradecidos, devemos trazer nosso dízimo
ao Templo.
SALMO RESPONSORIAL Sl 116(115):
- "Andarei junto a Deus na terra dos vivos!"
SEGUNDA LEITURA (Rm 8,31b–34):
- "Se Deus é por nós, quem será
contra nós?"
EVANGELHO (Mc 9, 2-10):
- "Este é o meu Filho amado. Escutai
o que ele diz!"
- "O AMOR QUE TRANSFIGURA..."
Tivemos um jovem em nosso grupo, que acabou se
tornando médico, recordo-me que após a formatura,
a sua turma, vinda de famílias abastadas, como recompensa
e merecido descanso, decidiu participar de um cruzeiro internacional,
em um navio luxuosíssimo, com hospedagens em hotéis
5 estrelas, mas esse jovem, já formado, retomou contato com
a humilde comunidade onde tivera a sua experiência pastoral
e ao saber que a mesma fazia atendimento a uma área paupérrima
do bairro, se dispôs a conhecer esse trabalho, e observando
uma carência total na área da saúde, ele não
teve dúvidas, juntou-se a Pastoral da Saúde e elaborou
um cuidadoso plano de ação, e quando seus amigos vieram
procurá-lo, para surpresa geral o jovem Doutor abriu mão
da fantástica aventura, para dedicar-se nas férias,
á comunidade pobre que fazia parte da sua antiga paróquia.
Parece história da “Carochinha”, mas se prestarmos
atenção ao nosso redor, vamos encontrar pessoas como
esse jovem, que nem sempre saem nos jornais, e que a gente se pergunta,
como é que podem existir pessoas assim, que no anonimato
abrem mão daquilo que têm, em favor de quem precisa,
fazendo um sacrifício, palavra estranha e sem sentido para
o homem deste milênio, rodeado de conforto, facilidades, tecnologia,
comodidade e bem estar.
Não há nenhuma razão lógica
para alguém sacrificar-se assim por um ser humano, aquele
jovem poderia primeiro curtir a sua merecida viagem com os amigos
e depois, quem sabe, dar um pouco do seu tempo à comunidade
pobre, mas aí é que está a diferença,
o amor quando é autêntico, nunca se satisfaz em dar
apenas um “pouco”, entre os jovens ainda é comum
a palavra “FICAR”, que significa uma relação
sem compromisso, um amorzinho bem vagabundo, desses de quinta categoria,
mas quando dois jovens resolvem migrar do simplesmente Eros para
o Ágape, daí vamos ter o amor em toda sua beleza e
esplendor, amor de primeiríssima qualidade, indestrutível,
inseparável, como n os ensina a segunda leitura desse domingo,
sempre tolerante, compassivo, disposto a perdoar e a recomeçar,
amor que sabe sonhar e construir juntos, na partilha e comunhão
de vida, casamento na Igreja supõe tudo isso...
É assim que Deus se revela em Jesus Cristo,
é assim que Cristo se revela em quem é capaz (e não
precisa ser médico) de renunciar algo valioso, para doar-se
aos irmãos, não existe outra forma de amar que não
seja o serviço, feito com grande sacrifício, e isso
parece algo tão simples e ao mesmo tempo tão complicado,
difícil de ser compreendido pelo coração humano,
que hoje é educado para buscar grandezas e ambições,
prestígio, fama, sucesso e poder, em um egocentrismo exacerbado.
Como podemos entender o sacrifício de Abraão,
que abre mão do Filho da Promessa, tão esperado e
sonhado, e que veio em sua velhice, brotado como semente tardia,
dom de Deus, da esterilidade de Sara, sua esposa? O Patriarca, ícone
das três maiores religiões do planeta, sente em seu
coração que o amor á Divindade em quem crê,
só se concretiza ofertando algo valiosíssimo,e aqui
retomamos o sentido do amor, que não é dar um pouquinho,
mas o “tudo”, ou seja, aceitar perder algo, que não
se vai mais recuperar...Na religião da recompensa divina,
sempre marcada pela mediocridade, ou nas relações
mercantilizadas com as pessoas, se faz na verdade uma barganha,
é muito complicado chegarmos a compreensão dessa gratuidade,
pois pensamos que somos muito bons e nos doamos até um certo
ponto, mas não se pode também exagerar e sair no prejuízo,
é esse o grande problema, colocamos sempre um limite no nosso
modo de amar, abrimos mão de ganhar alguma coisa, mas ter
que perder, aí já é um pouco demais...Amar
como Jesus amou, é sempre assumir o risco de uma perda.
Entretanto, quando desenvolvemos em nós
essa virtude do evangelho, e aceitamos até perder tudo, estamos
nos unindo Aquele que se deu por inteiro, e que para salvar a todos
aceitou perder tudo, pois o Cristo na cruz é um homem derrotado
e humilhado, diante doa amigos que acreditaram em sua proposta,
é alguém que perdeu tudo, prestígio, família,
amigos, dignidade, honra, considerado na visão profética
um homem maldito diante de Deus, abandonado e esquecido, incompreendido
e rejeitado, homem esmagado pelas dores, como nos lembra Hebreus,
e se o Pai não o tivesse glorificado quem seria Jesus para
o mundo de hoje? Talvez ninguém, pois enquanto homem aceitou
correr esse risco, não sabia bem no que ia dar tudo aquilo,
e podia ser que nem a comunidade reconhecesse o seu gesto de amor.
Somos hoje convidados a contemplar exatamente essa
glória, pois no Cristo transfigurado, está a humanidade,
sonhada, planejada e criada por Deus, está aquele jovem,
cuja história contei no início, está cada cristão,
que tem essa disposição interior de doar-se por inteiro,
e que ninguém tenha medo, Deus nunca exigirá de nós
o mesmo sacrifício da cruz, mas que nossas pequenas ações
possam pelo menos refletir um pouco, do Amor de Jesus de Nazaré,
para isso é necessário buscá-lo e escutá-lo,
pois somente ele e mais ninguém, nos ensina com tanta autoridade,
como é que se ama de verdade...
José da Cruz é diácono
permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail: jotacruz3051@gmail.com
Reflexão em vídeo http://diajcruz.zip.net/
01.03.2009
1º Domingo da Quaresma - Ano B - São Marcos - Cor Roxa
__ “Eis que vou estabelecer minha aliança convosco...”
__
(coloque o cursor sobre os textos
em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)
Comentário:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
O Plano Divino para a humanidade é o estabelecimento da aliança,
pois Ele é fiel e também deseja que o sejamos. Pelos
nossos pecados o justo Jesus Cristo entrega sua vida, com o objetivo
de que sejamos conduzidos ao Pai. Assim, em meio às tentações
que nos são apresentadas, somos chamados a perseverar no
caminho do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sl 25(24):
- "Verdade e amor são os caminhos do
Senhor!"
SEGUNDA LEITURA (1Pd 3,18-22):
- "Cristo morreu, uma vez por todas, por causa
dos pecados, o justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus."
EVANGELHO (Mc 1,12-15):
- "O tempo já se completou e o Reino
de Deus está próximo."
- "NO ACONCHEGO DO DESERTO"
Neste primeiro domingo da quaresma, Deus nos chama
ao deserto com Jesus, para uma conversa de pé de ouvido,
a liturgia se reveste de roxo, que é a cor da paixão,
não é tristeza, luto e desconsolo, como muitos pensam,
é como se Deus, o amado de nossa vida, quisesse que ao longo
de quarenta dias, prestássemos mais atenção
nele, no seu jeito diferente de nos amar, roxo seria isso: um olhar
para dentro, enquanto se olha para o céu, podendo evocar
o poeta “De tudo ao meu amor serei atento...”, quaresma
é tempo de deixar-se remodelar, permitindo que Deus refaça
a nossa vida.
Quando presido o Sacramento do matrimonio percebo
que os casais têm dificuldade de se olhar nos olhos, na hora
do consentimento, e não é só com quem está
casando que isso acontece, um amigo confidenciou-me que sentiu um
certo “desconforto” ao olhar nos olhos da esposa, na
renovação do matrimonio, em uma missa de encontro
de casais. Olhar nos olhos nos causa medo, porque é enigmático
e misterioso, não se tem medo de olhar o corpo, que se torna
fácilmente objeto de desejo, em uma sociedade tão
erotizada, mas quando se olha nos olhos, estamos diante da alma
do outro, há comunhão de corpo mas não há
comunhão de alma. A relação entre namorados,
noivos, e até entre marido e mulher, fica na maioria das
vezes banalizada, alguns conseguem emigrar do erótico para
o Eros, e há outros, que na graça de Deus, confiada
pelo Sacramento do matrimonio, conseguem chegar no Ágape,
que é o amor em toda sua plenitude, o Eros é o meio,
e não o fim, é um caminho que tem de ser percorrido
do começo ao fim da vida conjugal e que só será
obstruído pela morte.
Nossa relação com Deus ás
vezes também é assim, um tanto quanto banal, pois
temos medo de contemplar o seu mistério. Na capela do Santíssimo,
lugar sagrado em nossas comunidades, onde Aquele que é o
Amor Absoluto se esconde em um pedaço de pão, sentimo-nos
embaraçados e procuramos sempre dizer algo, fazer um pedido,
recitar uma fórmula de louvor e adoração, daí
somos capazes de ficar horas ali falando , porque este “Falar”
nos dá a ilusão de que penetramos no mistério
de Deus e podemos dominá-lo. Invertemos o jogo e queremos
seduzir a Deus, diferente do profeta, relutamos em ser por ele seduzidos
e dominados.
Deserto é lugar teológico do “namoro”,
onde movidos pelo mesmo Espírito que conduziu Jesus, vamos
ter nosso encontro pessoal com Deus, o esposo apaixonado que quer
olhar nos nossos olhos, sussurrar em nossos ouvidos e nos envolver
com a sua ternura, para sentirmos de novo o encanto do primeiro
amor, como na visão do profeta Oséias “Eis que
eu mesmo a seduzirei e a conduzi-la-ei ao deserto e falar-lhe-ei
ao coração”. Deserto é lugar de fazer
a experiência da esposa jovem, que manifesta a sua alegria
ao colocar toda sua confiança no amado, e descobrir, como
no Cântico dos cânticos, que somente Deus é a
sua Segurança – “Quem é esta que sobe
do deserto apoiada em seu Amado?”
É o Povo da antiga aliança, é
o povo da nova aliança, é a Santa Igreja, somos eu
e você, a razão do amor divino, que nos trouxe, com
a encarnação de Jesus, a possibilidade real de experimentarmos
em nossa vida a salvação. Deserto é, portanto
lugar do encontro onde o amor se revela, é a mesma experiência
do povo do Êxodo, que se repete em Jesus Cristo, porém,
ao contrário do povo da antiga aliança, não
mais se deixará enganar pela tentação, propostas
sedutoras dos amantes, para fazê-lo perder o paraíso
de delícias, onde o homem convivia com os animais selvagens,
servido pelos anjos de Deus, evocando a proteção Divina
do Eterno Amado sob o objeto do seu amor.
Revistamo-nos do roxo da paixão e não
da tristeza, quaresma é dar um tempo para aquelas coisas
que em nossa vida são secundárias, para nos ocuparmos
com um Deus apaixonado, que suspira quando vamos ao seu encontro
enquanto Igreja, na dimensão celebrativa. Quaresma é
quarenta dias de amor, como um casal que retoma a lua de mel, após
longa caminhada na vida conjugal, foi no deserto que Deus celebrou
a aliança com seu povo, estabelecendo com ele uma relação
única, “Eu serei o seu Deus e vós sereis o meu
povo”, evocando o cerne da união conjugal – e
os dois serão uma só carne.
É esse amor que salvará o mundo,
verdade ignorada pelos que prenderam João Batista tentando
sufocar um Amor que não se deixa aprisionar, e em Jesus irrompe
ainda mais forte, no meio da humanidade, para levar o homem de volta
ao paraíso! Nada irá deter a força desse amor,
nem a miséria dos homens ou os pecados da igreja, o AMOR
triunfará definitivamente! Pois o tempo se completou, o Reino
está próximo. Converter e crer no evangelho, é
uma forma contínua de corresponder a esse amor misterioso
de Deus que em Jesus busca a todos os homens, sem distinção
ou acepção de qualquer pessoa. Converter-se é
dar um solene “basta” aos falsos amores de “amantes”
mentirosos, que nos enganam, oferecendo-nos um falso paraíso,
arrastando-nos à tristeza da morte do pecado, deixando-nos
longe...bem longe Daquele que é o nosso único e verdadeiro
Amor...
José da Cruz é diácono
permanente
da Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim
e-mail: jotacruz3051@gmail.com
Reflexão em vídeo http://diajcruz.zip.net/
QUE DEUS ABENÇOE
A TODOS NÓS!
Oh! meu Jesus, perdoai-nos,
livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!
Graças e louvores
se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!
Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!
Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!
Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".
( Salmos )
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